Ricardo Murer
Graduado em Ciências da Computação, mestre em Comunicação, atua no mercado digital há 28 anos. Atualmente é Head de Operações da Agnitio e Professor de Redes Sociais (MBA) na ESPM.
Como a lógica pode ajudar você - Parte 2
Aprender mais sobre o raciocínio lógico pode ser útil em futuras discussões com outros humanos ou no futuro próximo, com seres artificiais.
15/03/2017 EDUCAÇÃO
“Reductio ad absurdum.”
“Redução ao absurdo.”Expressão latina usada para levar um
raciocínio até suas últimas consequências
“Redução ao absurdo.”Expressão latina usada para levar um
raciocínio até suas últimas consequências
A álgebra booleana é a combinação de lógica e álgebra, desenvolvida por George Boole (1815-1864), matemático e filósofo britânico. A CPU de um computador por exemplo é construída a partir de portas lógicas, as quais podem ser entendidas como manifestações físicas de operadores booleanos. Existe assim uma relação existencial entre computadores e todos os demais equipamentos microprocessados e a lógica. Nesta era em que cada vez mais convivemos com máquinas inteligentes e algumas de nossas decisões são baseadas em dados obtidos a partir de sistemas inteligentes, aprender mais sobre o raciocínio lógico, pode ser útil em futuras discussões com outros humanos ou no futuro próximo quem sabe, com seres artificialmente criados.
Indução
O raciocínio indutivo é aquele vai do caso particular para o geral. A forma mais comum de raciocínio indutivo (base para o método científico) ocorre quando diferentes dados são coletados a partir de observações sistemáticas de alguns fenômenos. Por exemplo, se você observar e examinar 10.000 cavalos constatando que todos possuem carrapatos estrela, esta evidência poderá levar a conclusão que “todos os cavalos possuem carrapato estrela”. A indução parte de uma amostra ou evidência para assim chegar a uma generalização. Charles Darwin usou o raciocínio indutivo / método científico para sua teoria da evolução, bem como tantos outros cientistas famosos para suas descobertas e teorias. Mas assim como o raciocínio dedutivo, também o indutivo possui sua fraqueza. Seguindo nosso exemplo, bastaria encontrar um cavalo sem carrapato estrela para derrubar a argumentação. A certeza é que alguns ou muitos cavalos possuem carrapato estrela mas não todos, e neste caso o raciocínio indutivo conclui mais do que as premissas realmente justificam. Em nosso cotidiano, nas conversas da hora do almoço ou no happy-hour vamos notar que muita gente usa e abusa da indução. Mas basta ficarmos atentos para constatar que a maioria erra ou na amostra – insuficiente – ou no método usado para investigação. De fato, o mundo está repleto de generalizações.
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#lógica #indução #educação #raciocínio #razão #álgebra #georgeboole
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Como a lógica pode ajudar você - Parte 1
O fato de encontrarmos com generalizações e premissas duvidosas, mostra o quanto é preciso estar atento e verificar a validade das mesmas.
08/03/2017 EDUCAÇÃO
“Sapiens, ut loquatur, multo prius consideret.”“Para falar, o sábio deve antes muito meditar.”
Ditado latino, atribuído a São Jerônimo
Ditado latino, atribuído a São Jerônimo
A lógica teve sua formulação original feita por Aristóteles (384 BC - 322 BC), filósofo grego. Talvez por necessidade de encontrar um meio preciso para contrapor argumentações e responder às questões de seus adversários. A lógica tem como objeto de estudo o pensamento e os processos da razão. Em tempos de “fake news”, discussões políticas acaloradas no Facebook, tweets repletos de argumentos, conhecer um pouco de lógica pode ajudar na busca pela verdade. Neste post e no próximo, vou me concentrar em duas formas de raciocínio lógico matemático, o dedutivo e o indutivo, ambos muito comuns.
Teoria geral mínima
A lógica é base para o ato de raciocinar, uma forma de criar pensamentos e opiniões, assim como classificar as coisas e emitir julgamentos. A fundação de um argumento lógico é sua proposição ou declaração. A proposição pode ser exata (verdadeira) ou não (falsa). O argumento é então construído em premissas. As premissas são as proposições usadas para construir o argumento. Então uma inferência é feita a partir das premissas para se chegar a uma conclusão. No exemplo “clássico”:
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
Temos um argumento formado por duas premissas e uma conclusão.
Dedução
A argumentação dedutiva vai do geral para o particular. Um argumento dedutivo "válido" é aquele em que a conclusão resulta necessariamente da premissa. Exemplo: Todos os gatos têm pulgas. Oscar é um gato. Portanto, Oscar tem pulgas. Há, no entanto, uma armadilha pois o mesmo depende fortemente que as premissas iniciais estejam corretas. Se a premissa é incorreta, não só compromete o raciocínio dedutivo, mas todo o processo lógico. Diferentes áreas utilizam o raciocínio dedutivo, tais como a meteorologia, mas Maju Coutinho e demais meninas do tempo aplicam probabilidades aos eventos e previsões. O fato de encontrarmos com generalizações e premissas duvidosas, mostra o quanto é preciso estar atento e verificar a validade das mesmas. Se você não pode usar probabilidades, ao menos desconfie.
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